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sábado, 23 de fevereiro de 2013

A SAGA DO SANTO CAVALEIRO


A SAGA DO SANTO CAVALEIRO

Quando chego já é tarde. Não enxergo mais o vale, os javalis, rios e beija-flores. As gazelas, montanhas e borboletas. As gentes do povo, suas vidas e seus amores. A fauna, flora e vida se tornam obsoletas. Cavalgo por vales arrasados e florestas devastadas e atravesso rios que secaram. Contemplo vilas incendiadas. Horrorizado eu vejo quantos aldeões pereceram.

A estiagem começou quando o reino vizinho declarou guerra trazendo consigo uma criatura feroz. Soldados inimigos ocuparam nossas terras com seu monstro de proporções inimagináveis e apetite voraz. Sua boca é uma ferida sangrenta d’onde pinga seu veneno e o sangue dos inocentes. Uma chaga pustulenta pingando o ácido que destruiu tantas vidas decentes. O Dragão mandou celebrar uma missa para celebrar suas virtudes, seu orgulho e sua vaidade, a ganância e a cobiça e assim glorificar suas atitudes.

O mundo anda repleto de labirintos e armadilhas, mas não vá cair em suas artimanhas. Tenha fé em seu potencial, pois a boa-fé remove montanhas e todos nós temos algo de especial. Vamos pegar em armas e defender nossas famílias do monstro que vendeu nossas riquezas e corrompeu sua alma, deturpou os seus valores e nos prendeu na armadilha.

Meu soberano dê a ordem: é chegada a hora e também o momento. Temos de servir e proteger o povo. Vamos cavalgar e empunhar espadas para a paz reinar de novo. Meu soberano dê a ordem: cabe a nós silenciar o seu lamento e fazer nossa nação crescer de novo. Protejo os camponeses e resgato as donzelas. Sou cavaleiro da reluzente armadura. Vou ao museu das já em desuso boas vontades recordar da Vida que era menos dura. A Morte, um vento distante e as pessoas mais leves e puras.

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